Reportagem dos trabalhos de construção de novas portas para a Adega
18 a 23 de Março de 2008
Quando o associado e meu colega da Direcção, António Barata, se prontificou para executar umas novas portas para a Adega eu logo me ofereci para colaborar nesse projecto. O Tó conseguiu uma carrada de pranchas e barrotes de madeira já usada mas em condições de ser reaproveitada e então nós programámos os trabalhos para a semana da Páscoa. Chegámos terça-feira e Domingo de manhã ainda fizemos os últimos acertos e colocámos os últimos parafusos nas velhas dobradiças reaproveitadas das portas antigas.
Na terça-feira fizemos o trabalho de escolha, transporte e preparação da madeira; na quarta o trabalho da estrutura das duas portas; na quinta o enchimento com o tabuado, na sexta o trabalho mais fino dos perfis para os janelões e as respectivas portadas interiores, no Sábado a colocação das ferragens e o trabalho de metalurgia de acerto a adaptação das antigas dobradiças. O mestre António trouxe de seu atelier de carpintaria toda a ferramentaria necessária para podermos executar uma obra desta envergadura (para além das duas malas com ferramentas manuais, serra mecânica de mesa, plaina mecânica, tupia, serra de tico-tico e berbequim). O trabalho não se limitou à carpintaria: mestre António ainda se teve de aventurar a fazer trabalho de ferreiro para modificar e adaptar as velhas dobradiças. Para isso utilizámos uma pequena forja para levar o ferro ao rubro, martelo e bigorna e ainda máquina rebarbadora e de corte de metal (equipamentos que felizmente havia lá nos Soudos). Tivemos várias ajudas que tenho muito gosto em referir: desde o Zé Pedro que no primeiro dia ainda se fartou de arrancar pregos velhos às pranchas e barrotes, à Ana Rita que fez trabalho de plaina para preparar as madeiras usadas nas portadas das janelas, às netas do mestre, Mariana e Marta que varreram várias vezes os montes de serradura, aos sobrinhos Pedro e Gonçalo que vieram de Cem Soldos para nos visitar no Sábado e ainda colaboraram no trabalho de acerto e desbaste das dobradiças com a máquina rebarbadora, ao André e Pedro Sena Nunes que nos socorreram nos trabalhos braçais de movimentação, colocação e ajuste das portas, ao Tio Manel que acompanhou os trabalhos com gosto e entusiasmo e que foi a Torres Novas de propósito para comprar os vidros para as janelas, e por fim “last but not the least” ao apoio e encorajamento da minha filha Joana, da minha mulher Isabel e da minha maninha São, que trabalharam na retaguarda para manter a casa em ordem, as refeições as horas e entreter as crianças endiabradas.
(segue repotagem fotográfica)
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