segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Padre João Azevedo Mendes S.J.

P. João d’Azevedo Mendes
Nascimento: 27 Abril 1883 – Soudos, freguesia do Paço – Torres Novas
Pais: Manuel Marcos Mendes e Teresa de Jesus de Azevedo Mendes
Noviciado: 7 Setembro 1898 – Barro (Torres Vedras)
Últimos Votos: 2 Fevereiro 1917 – Professo de 4 Votos.
Falecimento: 10 Agosto 1940 – Barcelos


Nascido em Soudos (Torres Novas), a 27 de Abril de 1883, e depois dos estudos preparatórios na Escola Apostólica de Guimarães, entrou na Companhia a 7 de Setembro de !898 na Casa de Provação do Barro (Torres Vedras).
Acabado o Noviciado dedicou-se ao estudo das Humanidades durante 4 anos e a 7 de Setembro de 1904 passou para o Colégio de S. Francisco em Setúbal para estudar Filosofia.
Acabado o curso de Filosofia, aceitou com alegria e generosidade ser destinado à Missão da Zambézia (Moçambique), onde trabalhou como professor, em Quelimane, até 1910. Exilada a Companhia, deixou a Zambézia e foi para Hastings (Ore Place, Hastings, Inglaterra), cursar Teologia.
Foi ordenado Sacerdote a 2 de Agosto de 1914, em Hastings, por D. Pedro Amigo, e, concluída a Teologia, fez a 3ª Provação em Canterbury.
No ano seguinte, exerceu durante 2 anos o ofício de Ministro no Colégio de La Guardia (Espanha). Dali passou ao Seminário Menor de San Martin de Trevejo, com o mesmo ofício e, simultaneamente, Padre Espiritual dos alunos, até 1922. [Nota: apesar de ser em Espanha, era gerido por jesuítas portugueses e para estudantes portugueses].
Em 1917 fizera a profissão de 4 votos.
De 1922 a 1924 ensinou teologia moral e latim no Seminário Arquidiocesano de Évora, onde foi também Padre Espiritual dos alunos,

Em 1924 passou para La Guardia como Reitor e Consultor da Província, cargos que exerceu durante 6 anos. Quando o P. Provincial Cândido Mendes visitou a Missão Setentrional do Brasil, deixou em Portugal o P. João como Vice-Provincial.
De Reitor de La Guardia passou a Superior da Residência de Braga, onde foi também Padre Espiritual e professor de teologia ascética no Seminário Arquidiocesano; mas foi obrigado a abandonar os dois cargos, alguns meses depois, por doença nervosa que o deixou incapaz de qualquer trabalho.

Em 1932 exerceu, durante um ano, o ofício de Ministro da casa de Guimarães. Em 1933 voltou ao Seminário de Évora, como professor e Padre Espiritual.
A 15 de Agosto de 1935 foi nomeado Reitor da Casa de Provação de Alpendurada, cargo que exerceu durante 3 anos.
Em 1938 foi enviado para o Seminário menor de Macieira de Cambra, como Padre Espiritual dos Jesuítas e dos alunos; poucos meses depois adoecia novamente de psicastenia.

Esteve em várias casas da Província em busca de cura, mas a doença desenvolveu-se de tal maneira que, por conselho dos médicos, os Superiores se viram forçados a internar o caríssimo Padre na Casa de Saúde dos Irmãos de S. João de Deus, em Barcelos.
Melhorou um pouco, começando a celebrar missa, o que antes não podia fazer.
Deu a todos edificação e grande exemplo de paciência, resignação e piedade. Passava todos os dias horas de oração, diante da SS. Eucaristia.

A morte aconteceu inesperadamente.
A 10 de Agosto de 1940, celebrou de manhã, como costumava; pelas 11 horas, teve uma hemorragia cerebral e, pouco depois, faleceu.
Do Colégio (Santo Tirso) partiram imediatamente para Barcelos 2 Padres e, no dia seguinte, mais 4, para o funeral. Ficou sepultado no Cemitério de Barcelos.

A ele se deve um grande progresso no Colégio de La Guardia: como Reitor deu grande incremento tanto ao edifício como ao número de alunos.
Generosamente angariou esmolas para a Casa de Provação e para o Seminário Menor.

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