Ontem o Tó, o António Barata e sua neta Mariana colocaram um soalho flutuante no quarto da varanda. Ficou ainda o rodapé por colocar, para terminar a obra:
sábado, 15 de fevereiro de 2020
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020
os três filhos mais velhos de Cândido e Victória
Na Cruz Alta do Buçaco nos finais dos anos trinta do século passado
Maria Teresa , José Cândido e Maria Cândida
Maria Teresa , José Cândido e Maria Cândida
terça-feira, 11 de fevereiro de 2020
De Brotero à Brotéria - história de uma homenagem centenária
Em Setembro de 1902, Joaquim da Silva Tavares, S.J. (1866–1931), Cândido de Azevedo Mendes, S.J. (1874–1943) e Carlos Zimmermann, S.J. (1871–1950), professores do colégio de São Fiel, em Louriçal do Campo (Castelo Branco), publicaram o primeiro número da Brotéria. Concebida como uma revista de taxonomia, a Brotéria foi dedicada ao botânico português Félix de Avelar Brotero (1744–1828). A revista dos jesuítas alcançou uma longevidade, circulação e influência notáveis em Portugal e no estrangeiro. Ao longo de um século, publicaram-se na Brotéria (1902–2002) mais de 1300 artigos de investigação científica de taxonomia, genética e melhoramento de plantas, bioquímica, genética molecular, engenharia genética e bioética. Identificaram-se, descreveram-se e classificaram-se mais de 2000 novas espécies de animais e plantas recolhidas não só em Portugal, mas também em Espanha e na Alemanha, em Angola e Moçambique, no Brasil e na Argentina. Além disso, entre 1907 e 1924, os jesuítas portugueses editaram uma série dirigida a um público alargado, intitulada Vulgarização Científica, onde publicaram cerca 350 recensões e 450 artigos de divulgação de agricultura, geografia, física, química, medicina e higiene. Em 1925 a revista foi restruturada e a série de divulgação científica deu origem a uma revista de cultura,
actualmente publicada com o subtítulo Cristianismo e Cultura. Publicada há 118 anos pelos jesuítas portugueses, a Brotéria continua a exaltar o nome de um naturalista nascido no século XVIII. Mas quem foi Brotero? E porque é que os jesuítas portugueses lhe dedicaram a sua revista?
actualmente publicada com o subtítulo Cristianismo e Cultura. Publicada há 118 anos pelos jesuítas portugueses, a Brotéria continua a exaltar o nome de um naturalista nascido no século XVIII. Mas quem foi Brotero? E porque é que os jesuítas portugueses lhe dedicaram a sua revista?
Volume: 190
More Info: Francisco Malta Romeiras, «De Brotero à Brotéria: A história de uma homenagem centenária», Brotéria 190 (2020): 68–80.
Journal Name: Brotéria
Page Numbers: 68-80
Publication Date: 2020
Publication Name: Brotéria
De Brotero à Brotéria: A história de uma homenagem centenária
Brotéria, 2020
F. Malta Romeiras
Em Setembro de 1902, Joaquim da Silva Tavares, S.J. (1866–1931), Cândido de Azevedo Mendes, S.J. (1874–1943) e Carlos Zimmermann, S.J. (1871–1950), professores do colégio de São Fiel, em Louriçal do Campo (Castelo Branco), publicaram o primeiro número da Brotéria. Concebida como uma revista de taxonomia, a Brotéria foi dedicada ao botânico português Félix de Avelar Brotero (1744–1828). A revista dos jesuítas alcançou uma longevidade, circulação e influência notáveis em Portugal e no estrangeiro. Ao longo de um século, publicaram-se na Brotéria (1902–2002) mais de 1300 artigos de investigação científica de taxonomia, genética e melhoramento de plantas, bioquímica, genética molecular, engenharia genética e bioética. Identificaram-se, descreveram-se e classificaram-se mais de 2000 novas espécies de animais e plantas recolhidas não só em Portugal, mas também em Espanha e na Alemanha, em Angola e Moçambique, no Brasil e na Argentina. Além disso, entre 1907 e 1924, os jesuítas portugueses editaram uma série dirigida a um público alargado, intitulada Vulgarização Científica, onde publicaram cerca 350 recensões e 450 artigos de divulgação de agricultura, geografia, física, química, medicina e higiene. Em 1925 a revista foi restruturada e a série de divulgação científica deu origem a uma revista de cultura,
actualmente publicada com o subtítulo Cristianismo e Cultura. Publicada há 118 anos pelos jesuítas portugueses, a Brotéria continua a exaltar o nome de um naturalista nascido no século XVIII. Mas quem foi Brotero? E porque é que os jesuítas portugueses lhe dedicaram a sua revista?
actualmente publicada com o subtítulo Cristianismo e Cultura. Publicada há 118 anos pelos jesuítas portugueses, a Brotéria continua a exaltar o nome de um naturalista nascido no século XVIII. Mas quem foi Brotero? E porque é que os jesuítas portugueses lhe dedicaram a sua revista?
Volume: 190
More Info: Francisco Malta Romeiras, «De Brotero à Brotéria: A história de uma homenagem centenária», Brotéria 190 (2020): 68–80.
Journal Name: Brotéria
Page Numbers: 68-80
Publication Date: 2020
terça-feira, 4 de fevereiro de 2020
Biografia do Dr. Augusto Azevedo Mendes
Que faz parte da notícia saída no Jornal "Novidades" no dia 21 de Março de 1969, sobre o seu falecimento no dia anterior:
Nasceu o dr. Augusto Mendes em 27 de Maio de 1891, na
freguesia do Paço, Concelho de Torres Novas. De 1903 a 1910 fez o curso dos
liceus no Colégio de S. Fiel, em Castelo Branco. Em 1910 matriculou-se na
Universidade de Coimbra, onde se formou em Medicina, em 1916, com 16 valores.
Participou em 1917 na Primeira Grande Guerra Mundial. De 1918 a 1927 foi
oficial médico na Escola Prática de Cavalaria e director do Hospital Militar ,
em Torres Novas. De 1922 a 1926 foi director de “O Almonda”, de que foi um dos
principais organizadores. Em 1923 começou a trabalhar no Hospital da
Misericórdia de Torres Novas, onde organizou os serviços médicos e cirúrgicos,
a sala de Raios X e agentes físicos, etc.
Em 1932 foi nomeado médico municipal; em 1945, subdelegado
de Saúde e médico da Caixa Textil. Foi ainda médico do Colégio de Santa Maria e
da M.P.
Fundou o Colégio Andrade Corvo e muito concorreu para a
fundação do Colégio de Santa Maria e para a construção das suas actuais
instalações. Activo cooperador da acção dos Párocos da vila, contribuiu
especialmente para a construção do Salão do Salvador e para as instalações da
Acção Católica. Membro das Conferências de S. Vicente de Paulo, dedicou-se
edificantemente à Obra de Assistência aos Presos.
Era membro da Associação dos Médicos Católicos. Foi
presidente da Liga dos Combatentes da Grande Guerra. Trabalhou na Cruz Vermelha
Portuguesa e noutras instituições de carácter social.
Participou em diversos congressos médicos e de apostolado,
como no Congresso dos Médicos Católicos, no Congresso Luso-Espanhol de
Cardiologia (1956), 1ª Conferência Mundial católica da Saúde (de 28 de Julho a
2 de Agosto de 1958). Interessou-se pela acção social na cura dos alcoólicos.
Em 1925 fez, em Fátima, uma conferência numa reunião de médicos, sobre a
enfermagem religiosa e a necessidade da sua preparação técnica. As conclusões do
seu trabalho foram enviadas ao Episcopado e às superioras das Ordens
Religiosas. Da sua iniciativa nasceu a primeira escola de enfermagem , no
Porto, das irmãs Franciscanas.
Em 1928, obteve o primeiro prémio da melhor reportagem
regionalista, instituído pela Emissora Nacional. Publicou os livros:
“Virilidade”, “Origem e higiene do mal”. “O valor moral da pessoa humana”. Em
1954 recebeu as insígnias de Cavaleiro da Ordem de Benemerência.
Ao fazer 75 anos, em Maio de 1966, resolveram alguns dos
seus antigos alunos prestar-lhe justa homenagem nas colunas do semanário “O
Almonda”. Ali encontramos expressivos testemunhos dos Srs. Arnaldo Souto Pires,
Oscar Bento, Padre José Maria de Freitas, Joaquim Bicho, João Pedro Clara,
Oliveira Guerra, etc.
Como escreveu o Padre José de Freitas, “a vida é o
desenrolar de um sonho que se teve na juventude”. Muitas e muitas vezes foi
repetida esta frase pelo dr. Augusto Mendes nas suas aulas… certamente porque
no colégio que frequentou e na Universidade de Coimbra, onde se formou, traçou
um ideal alto que procurou realizar durante a vida toda.
Temperado na luta de ideias do ambiente que então se vivia e
na guerra a que foi chamado, fortaleceu a sua alma nos ideais dos Espírito. E
se é verdade o que alguém afirmou “ a juventude não é uma idade física, mas um
estado de espírito”, ele conseguiu manter um espírito jovem, que fazia inveja a
muitos rapazes de então.
Lutador incansável, apaixonado pelos problemas de educação,
tornou-se credor de dívidas inalienáveis de muitos que hoje sentem que foi o
ideal traçado na juventude que norteou suas vidas.
*
Colaborou o dr. Augusto Mendes no
“Correio de Coimbra”, em “A Voz”, na revista “Estudos” e nas “Novidades”. Amigo
de todas as horas do diário católico, não perdia tempo em contestá-lo, antes
estimulava constantemente a sua acção e nunca faltava com palavras de aplauso
ou de conforto ao sacrifício dos que nele trabalham. É que o dr. Augusto Mendes
era um homem de fé, que se orgulhava de lutar pela Igreja desde os tempos do
C.A.D.C. de Coimbra, como sempre lutara pela Pátria e pelas suas grandes
causas.
Um dia , perguntou-lhe um
jornalista:
- De todas as obras a que deitou
ombros, qual a que mais o apaixonou? E qual lhe deu maiores alegrias?
Resposta de Augusto Mendes:
- A obra que mais me apaixonou e
me deu e dá maiores alegrias, é aquela a que mais me dediquei: criar e educar
os meus seis filhos; dar à família o maior espírito de unidade; melhorar a casa
que em boa hora comprei ao regressar de França.
Talvez não esperasse esta
resposta, mas a luta travada neste tríplice aspecto faz-me olhar para o
passado, para o presente e para o futuro e sentir a mais viva emoção de íntimo
prazer.
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