O terceiro Congresso efectuou-se em Setúbal entre os dias 22 e 25 de Maio de 1932 e com a presença de 269 congressistas (8).
Neste congresso as questões financeiras já não tiveram a
relevância dos dois anteriores, embora ainda tenha havido polémica por causa
dos critérios utilizados pelas Comissões Municipais de Assistência na distribuição
dos subsídios às Misericórdias os quais foram objecto de acesas críticas.
Algumas congressistas contestaram os critérios que estavam a ser utilizados e
pugnavam por uma distribuição em função do numero de habitantes da área
abrangida por cada Misericórdia e não em função da quantidade de serviços
prestados de difícil mensuração. Mais uma vez o Dr. Joaquim Dinis da Fonseca
teve um papel fulcral nesta controvérsia e prevaleceu o critério que vinha a
ser utilizado e que tinha a participação do Conselho de Inspecção das
Misericórdias (9).
Este congresso, mais que os anteriores, focou importantes
problemas da área da saúde publica e da assistência social, tendo o Dr. Carlos
Azevedo Mendes falado da protecção infantil à qual a Santa Casa torrejana estava
a dedicar-se com empenho (10).
A sessão de encerramento foi presidida na primeira parte
pelo Dr. Carlos Azevedo Mendes o que indicia o crescente reconhecimento do seu
trabalho em prol das misericórdias em geral e da de Torres Novas em particular.
(8) Terceiro Congresso das Misericórdias, 1935
(9) Idem, pgs. 37 e segs.
(10) Idem, pg. 382. Em 1927 tinha sido inaugurado o
Asilo-creche da Misericórdia de Torres Novas com a presença do Presidente da
República (ver Anais de Misericórdia pg. 126)
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